sábado, 30 de abril de 2016

HISTORIA DE EXU

HISTÓRIA EXU MARABÔ
Exu Marabô está em terra. Os poucos filhos que acompanham aquele terreiro vibram com sua presença. Na assistência algumas pessoas ansiosas aguardam para serem atendidas. O Exu ri, dança, bebe desenfreadamente. Atende uma filha da casa recém-casada. Fala para a filha tomar cuidado com o marido, pois ele vai traí-la em breve. A moça desespera-se. Ele então passa uma longa lista para realizar o trabalho salvador. Sabe que já plantou a semente irreversível da desconfiança no jovem casal. Na assistência um pequeno empresário aguarda atendimento. O Exu diz que a firma não falirá, para isso precisa de vultuosa quantia em dinheiro para trabalho urgente. Chega a vez de uma médium, filha de outro terreiro, que visita pela primeira vez a casa. Mais uma vez o compadre não se faz de rogado. Diz para a pequena sair do terreiro que freqüenta, pois segundo ele a mãe de santo não entende nada sobre Umbanda. E assim ele vai plantando a discórdia, a desunião, a dor. Sempre que pode humilha publicamente os filhos da casa. Os dias passam sem novidades. O que ninguém ali imagina é que por trás daquela entidade que se diz chamar Marabô, está escondido um enorme Kiumba. Aproveitando-se do fato do tal pai de santo ser pessoa leiga, gananciosa e, totalmente despreparado ele domina o mental do incauto médium.
Diverte-se com a angústia dos outros. Sempre que pode põe o pai de santo em enrascadas (cheques sem fundos, golpes que são descobertos constantemente, brigas e desunião em família). E o pai de santo não tem escrúpulos algum em usar o nome de um grande e respeitado Exu de Lei. Ao contrário, fica feliz em saber que aos poucos vai minando a credibilidade do verdadeiro Marabô. O Kiumba raciocina que o dia em que as trapalhadas colocarem tudo a perder ele simplesmente abandonará o falso pai de santo à própria sorte. Não será o primeiro nem o último que ele abandonará. Afinal pensa o Kiumba, não fora o falso pai de santo que médium ainda novo, desenvolvendo, resolveu mistificar para dar uma abreviada no processo mediúnico de desenvolvimento? Não fora também por conta própria que o médium abandonara o terreiro de sua mãe de santo, sem ter preparo algum? Sem falar que enquanto esteve lá, desrespeitava os ensinamentos da casa, zombava dos irmãos de santo, dava golpes em tantos médiuns que muitos pediram até sua expulsão da casa? Pois então fora ele mesmo que atraiu o Kiumba e sendo assim essa sociedade duraria até quando fosse possível. O ser do umbral ganhando energia negativa, achincalhando Marabô, e o falso pai de santo ganhando dinheiro. O Kiumba também aproveitava para trazer em terra seus falangeiros, que se aproveitam dos médiuns titubeantes da casa. Hoje é dia de gira, no atabaque o ogã já está devidamente bêbado e sob influência dos asseclas do Kiumba. As filhas e filhos da casa cegos em sua fé e sob forte energia maléfica, são capazes de aceitar qualquer loucura ali realizadas.
O falso Marabô está feliz, já olhou a assistência antes de incorporar. Notou algumas pessoas que não lhe despertaram interesse. Algumas mulheres velhas e sem dinheiro, um homem que também não traz dinheiro algum. Vai se divertir com eles. Pronto já está em terra! Atende a assistência como de costume, diverte-se com as angústias, os medos, as dores daquelas pobres almas. Chega a vez do homem que estava na assistência, ele adentra de maneira lenta. O Kiumba não lhe dá a mínima atenção. Um erro fatal. Pois assim que o homem fica frente a frente com o ser do umbral algo inusitado acontece: o homem incorpora, solta uma gargalhada jovial e desafiadora. Alguns médiuns do terreiro que mistificavam ou recebiam alguns asseclas do Kiumba “desincorporam” convenientemente. O ogã de tão bêbado, acaba por cair ao lado do tambor. A assistência não entende o que se passa. O Kiumba entende, mas para ele é tarde demais. Por estar incorporado ele não tem tanta desenvoltura como gostaria nesse momento crucial. Está só, já que os covardes que o seguiam fugiram dali.
O verdadeiro Marabô está ali diante dele e avança em sua direção. No congá as velas começam a queimar a cortina que protege o altar. Na cafua a pinga aquecida pelas velas também se incendeia. A assistência percebe que algo muito errado está acontecendo e fogem todos. Antes o verdadeiro Marabô se vira para eles e mostra o quanto foram tolos em se deixar enganar. Fala que devem procurar ajuda, mas em terreiros sérios aonde se pratica a caridade, o amor e a união. Mostra o quanto foram usados. O Kiumba protesta, mas é inútil, a máscara já caiu. Marabô não está só, sua falange e muitos Exus de Lei estão adentrando no falso terreiro. O Kiumba é capturado e levado para o Reino de Exu, onde pagará caro pela insolência. O falso pai de santo está entregue a própria sorte. As chamas consomem o terreiro velozmente. Ao chegar as primeiras viaturas do Corpo de Bombeiro o oficial de plantão presencia uma cena que jamais esquecerá: no meio das chamas o pai de santo é “tragado” por um buraco negro, e some diante dos olhos do atônito bombeiro. Uma risada se faz ouvir. Marabô gargalha satisfeito do outro lado. Apesar das chamas o bombeiro sente um frio que lhe percorre a espinha. O terreiro vira cinza e não se acham vestígios do corpo do pai de santo. Justiça foi feita
. Saravá Senhor Marabô!!!

Búzios segredo e magia.



jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.
Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

Búzios

Búzio ou cowrie-várias espécies
Búzio, concha de praia de vários tamanhos, utilizada como objeto de adorno nas roupas dos Orixás onde são aplicados formando desenhos, em colares chamados de fio-de-contas onde são colocados como fecho ou como Brajá totalmente feito de búzios imitando as escamas de umacobra, como objeto de comunicação com os Orixás nas consultas ao jogo de búzios e Merindelogun.
O búzio tem uma abertura natural e uma parte ovalada, a maioria dos adornos e jogos de búzios são feitos com os búzios cortados, onde é tirada a parte ovalada do mesmo.
Existe muita discussão sobre qual seria o aberto e o fechado. A legenda das fotos estaria trocada, na visão das pessoas que consideram a parte quebrada como sendo o aberto.
Outros consideram que a abertura natural do búzio seja o aberto e a outra que é quebrada e ralada seja o fechado
Alguns sacerdotes jogam com os búzios inteiros nesse caso o aberto é a abertura natural do búzio.
Búzio fechado
Búzio aberto
No Brasil os búzios (conchas pequenas de praia), (cawris na África eram usados como dinheiro, foi moeda corrente) são usados pelosBabalorixás e Iyalorixás para comunicação com os Orixás, nas consultas ao jogo de búzios ou Merindelogun.
Usado para consultar o futuro, de acordo com a religião BatuqueCandombléOmolokoTambor de MinaUmbandaXambáXangô do Nordeste ou como adorno em roupas dos Orixás e para confecção de alguns fio-de-contas.
Também é usado em outras religiões afro-descendentes em vários países. Sua origem é médio-oriental, mais precisamente a região da Turquia. Penetrou naÁfrica junto com as invasões daqueles povos aos africanos.
Adotado pelas mulheres pelo fato de que o Opele-Ifa e Opon-Ifa (jogos divinatórios originalmente africano) é destinado somente aos homens.
Entrou na vida e na cultura Yoruba e enraizou-se tão profundamente que hoje o Merindilogun (jogo de buzios) é mais conhecido que o verdadeiro oráculo dosBabalawos (o Opele-Ifa e Opon-Ifa)também o mais utilizado no Brasil.
No entanto, segundo algumas correntes e crenças nem todas as pessoas podem ler buzios. Esta prática está destinada apenas a pessoas com uma forte espiritualidade. De forma geral estão pré destinadas às Mães, Pais, ou filhos de Santo após a obrigação de sete anos com o recebimento dos direitos, autorização e ensinamentos dado pela mãe ou pai de santo.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Mãe Minininha













Nasceu em 1894, no dia de Santa Escolástica, na Rua da Assembléia, entre a Rua do Tira Chapéu e a Rua da Ajuda, no Centro Histórico de Salvador, tendo como pais Joaquim e Maria da Glória. Descendente de escravos africanos, ainda criança foi escolhida para ser yálorixá (mãe-de-santo) do terreiro Ilê Iyá Omi Axé yamassê, fundado em 1849 por sua bisavó, Maria Júlia da Conceição Nazaré, cujos pais eram originários de Agbeokuta, sudoeste da Nigéria.
Foi apelidada Menininha, talvez por seu aspecto franzino. “Não sei quem pôs em mim o nome de Menininha… Minha infância não tem muito o que contar… Agora, dançava o candomblé com todos desde os seis anos”.
Foi iniciada no culto dos orixás de Keto aos 8 anos de idade por sua tia-avó e madrinha de batismo, Pulchéria Maria da Conceição (Mãe Pulchéria), chamada Kekerê - em referência à sua posição hierárquica, Iyá kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Iyalorixá do Gantois. Com a morte repentina de Mãe Pulchéria, em 1918, o processo de sucessão foi acelerado. Por um curto período, enquanto a jovem se preparava para assumir o cargo, sua mãe biológica, Maria da Glória Nazareth, permaneceu à frente do Gantois.
Foi a quarta yálorixá do Terreiro do Gantois e a mais famosa de todas as yálorixá brasileiras. Sucessora de sua mãe, Maria da Glória Nazareth, foi sucedida por sua filha, Mãe Cleusa Millet"Minha avó, minha tia e os chefes da casa diziam que eu tinha que servir. Eu não podia dizer que não, mas tinha um medo horroroso da missão (...): passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições e ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a meditação dos encantados para acabar com o sofrimento." [2]
O terreiro, que inicialmente funcionava na Barroquinha, na zona central de Salvador, foi posteriormente, transferido para o bairro da Federação onde hoje é o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, na Avenida Vasco da Gama, do qual Maria Júlia da Conceição Nazaré sua avó também fazia parte. Com o falecimento da yalorixá da Casa Branca Iyá Nassô, sucedeu Iyá Marcelina da Silva Oba Tossi. Após a morte desta, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta legal (Iyakekerê) tomar a posse como Mãe do Terreiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais dissidentes e fundaram outra Ilé Axé, o (Terreiro do Gantois), instalando-se em terreno arrendado aos Gantois - família de traficantes de escravos e proprietários de terras de origem belga - pelo cônjuge de Maria Júlia, o negro alforriado Francisco Nazareth de Eta.[3]Situado num lugar alto e cercado por um bosque, o local de difícil acesso era bem conveniente numa época em que o candomblé era perseguido pelas forças da ordem. Geralmente, os rituais terminavam subitamente com a chegada da polícia.[4]
Em 1922, através do jogo de búzios, os orixás OxóssiXangôOxum e Obaluaiyê confirmaram a escolha de Menininha, então com 28 anos. Em 18 de fevereiro daquele ano, ela assume definitivamente o terreiro. "Quando os orixás me escolheram eu não recusei, mas balancei muito para aceitar", contava.
A partir da década de 1930, a perseguição ao candomblé vai arrefecendo, mas uma Lei de Jogos e Costumes, condicionava a realização de rituais à autorização policial, além de limitar o horário de término dos cultos às 22 horas. Mãe Menininha foi uma das principais articuladoras do término das restrições e proibições. "Isso é uma tradição ancestral, doutor", ponderava a iyalorixá diante do chefe da Delegacia de Jogos e Costumes. "Venha dar uma olhadinha o senhor também."
Mãe Menininha abriu as portas do Gantois aos brancos e católicos - uma abertura que, em muitos terreiros, ainda é vista com certo estranhamento. Mas afinal, a Lei de Jogos e Costumes foi extinta em meados dos anos 1970"Como um bispo progressista na Igreja Católica, Menininha modernizou o candomblé sem permitir que ele se transformasse num espetáculo para turistas", analisa o professor Cid Teixeira, da Universidade Federal da Bahia.
Nunca deixou de assistir à missa e até convenceu os bispos da Bahia a permitir a entrada nas igrejas de mulheres, inclusive ela, vestidas com as roupas tradicionais do candomblé.[5]
Aos 29 anos, Menininha casou-se com o advogado Álvaro MacDowell de Oliveira, descendente de escoceses. Com ele teve duas filhas, Cleusa e Carmem“Meu marido, quando me conheceu, sabia que eu era do candomblé… A gente viveu em paz porque ele passou a gostar de Candomblé. Mas, quando fui feita Iyalorixá, passamos a morar separados. No meu terreiro, eu e minhas filhas. Marido não. Elas nasceram aqui mesmo”. [6]
Em uma entrevista à revista IstoÉ, mãe Carmem conta que ela adorava assistir telenovelas, sendo que uma de suas preferidas teria sido Selva de Pedra.[7] Era colecionadora de peças deporcelanalouça e de cristais, que guardava muito zelo. Não bebia Coca-Cola, pois certa vez lhe disseram que a bebida servia para desentupir os ralos de pias, e ela temia que a ingestão da bebida fizesse efeito análogo em si.[7]
Mãe Menininha do Gantois faleceu em Salvador em 1986 de causas naturais, aos 92 anos de idade.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Oxumarê

OXUMARÊ

Oxumarê é o Arco Íris, sinal de bons tempos, de bonança. É o Orixá da riqueza, do dinheiro, chamando carinhosamente de " o banqueiro dos Orixás". É a cobra sagrada Dan. Orixá da prosperidade, da fartura, do lucro.

O homem, que vive atrás do dinheiro, que trabalha para ganhar seu sustento, não pode imaginas, às vezes, que tem esta força da Natureza diariamente ao seu lado. Oxumarê esta presente praticamente em todos os momentos de nossa vida, pois tudo gira em torno do dinheiro.

Oxumarê está presente nas negociações, no pagamento de contas, no recebimento de um prêmio, na compra, nos negócios envolvendo gastos, lucros e despesas. Está presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares onde se manuseia dinheiro.

Oxumarê é o perde/ganha do homem. É a felicidade de receber uma quantia e a tristeza de perder outra. É o elemento das grandes negociações, da aposta. Seu encanto está no tilintar das moedas.

É também o Orixá das prosperidades, da fartura, da abundância. É por isso que aqueles regidos por Oxumarê sempre estão bem e vida. Para eles o dinheiro não e problema. Gastam e ganham demais e estão sempre com os bolsos cheios.

Oxumarê é aquele que sabe fazer negócios. Quando se vai fechar um contrato, fazer uma compra, uma proposta, vender algo invocamos Oxumarê para nos orientar, pois ele é o Orixá que sabe negociar. É ele que sabe pechinchar, tratar, comprar e vender.

Oxumarê também é a beleza das cores. É o arco-íris, que vai colorir o céu, anunciando coisas boas. É o fenômeno que vai gerar o colorido do céus. É a beleza da cor, a hipnose da cobra, a felicidade do lucro.

Mitologia

Irmão gêmeo de Ewá e tendo com irmãos mais velhos Ossãe e Obaluaê - todos filhos de Nana – Oxumarê sempre foi frágil, franzino, mas dotado de grande inteligência e capacidade.

Um dia, viu-se frente à frente com Olokun pai de Iemanjá, que perguntou-lhe como poderia achar pedras brilhantes, preciosas.

Oxumarê pensou, pensou e respondeu ao Senhor do oceano:
- Meu rei, se quer as pedras preciosas, é preciso que faça um investimento e me dê seis mil búzios (moeda corrente na África antiga).

Respondeu Olokun
- Eu lhe dou!
E Oxumarê apontou para a própria casa de Olokun, o mar, explicando-lhe que nas partes rasas poderia encontrar o que procura. As pedras, nos pontos mais rasos do mar, brilhavam com a luz do sol.

Olokun ficou tão feliz que, além do pagamento dos seis mil búzios, ainda deu a Oxumarê a capacidade de transformar-se em serpente e poder, com a ponta do rabo, tocar a terra e com a cabeça tocar o céu.

Com tal poder, Oxumarê transformou-se em serpente, esticou-se até a terá de Olorun, no céu e com os seus mil búzios falou ao Criador:

- Pai, cheguei até o Senhor. Tive que esticar-me demais, para pedir-lhe ajuda, para fazer de mim aquele que tem capacidade de dobrar tudo o que tem.
E Olorun dobrou o número de búzios – de seis para doze mil.

Daí para frente, Oxumarê passou a ser consultado sobre os grandes negócios dos Orixás. Principalmente Xangô, que fez dele seu consultor, seus grande conselheiro, aumentando sua riqueza de deus do trovão, ao mesmo tempo em que a do próprio Oxumarê.

E este poder de se transformar em serpente e ir até o céu, originou uma saudação em forma de Orikí, muito bonito, que diz:

- Oxumarê ego bejirin fonná diwó.
"O Arco-íris que se desloca com a chuva e guarda o fogo no punho."


Dados

Dia: terça-feira;

Data: 24 de Agosto;

Metal: ouro e prata mesclado;

Cor: amarelo mesclado com verde ou amarelo pintado com preto;

Partes do corpo: espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo.

Comida: ovos cozidos com azeite de dendê, farinha de milho e camarão seco;

Arquétipo: desconfiados e traídos, observadores, pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos. Com sucesso tornam-se facilmente orgulhosos e pomposos, gostam de demonstrar sua grandeza recente, mas estendem a mão em socorro quando alguém precisa.

Símbolos: duas serpentes de ferro.

Como Agir em caso de Descriminação Religiosa.

Como agir
No caso de discriminação religiosa, a vítima deve 
ligar para a Central de Denúncias (Disque 100) da 
Secretaria de Direitos Humanos.
Também deve procurar uma delegacia de polícia 
e registrar a ocorrência. O delegado tem o dever de 
instaurar inquérito, colher provas e enviar o relatório 
para o Judiciário. A partir daí terá início o processo penal.
Em caso de agressão física, a vítima não deve 
limpar ferimentos nem trocar de roupas — já que 
esses fatores constituem provas da agressão — 
e precisa exigir a realização de exame de corpo de delito.
Se a ofensa ocorrer em templos, terreiros, na 
casa da vítima
, o local deve ser deixado da maneira 
como ficou para facilitar e legitimar a investigação das
autoridades competentes.
Todos os tipos de delegacia têm o dever de averiguar 
casos dessa natureza, mas em alguns estados há
também delegacias especializadas. Em São Paulo, 
por exemplo, existe a Delegacia de Crimes Raciais e 
Delitos de Intolerância (veja o Saiba Mais).















No período colonial, as leis puniam com penas corporais as pessoas que discordassem da religião imposta pelos escravizadores. Decreto de 1832 obrigava os escravos a se converterem à religião oficial. Um indivíduo acusado de feitiçaria era castigado com pena de morte. Com a proclamação da República, foi abolida a regra da religião oficial, mas o primeiro Código Penal republicano tratava como crimes o espiritismo e o curandeirismo.
A lei penal atual, aprovada em 1940, manteve os crimes de charlatanismo e curandeirismo.
Até 1976, havia uma lei na Bahia que obrigava os templos das religiões de origem africana a se cadastrarem na delegacia de polícia mais próxima. Na Paraíba, uma lei aprovada em 1966 obrigava sacerdotes e sacerdotisas dessas religiões a se submeterem a exame de sanidade mental, por meio de laudo psiquiátrico.
Muitas mudanças ocorreram até 1988, quando a Constituição federal passou a garantir o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que sejam suas crenças.
O texto constitucional estabelece que a liberdade de crença é inviolável, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos. 
Determina ainda que os locais de culto e as liturgias sejam protegidos por lei.
Já a Lei 9.459, de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. 
Ninguém pode ser discriminado em razão de credo religioso. O crime de discriminação religiosa é inafiançável (o acusado não pode pagar fiança para responder em liberdade) e imprescritível (o acusado pode ser punido a qualquer tempo).
A pena prevista é a prisão por um a três anos e multa.

A união...

Certa vez um velhinho já sentido que ia morrer mandou chamar seus filhos,sendo eles 3,joão,Carlos e Rafael.
Esses filhos por motivos banais,já não se falavam a anos,e cada um culpando os demais por causa da situação.
Receberam o recado e foram já com muita raiva pois sabiam que iam encontrar os demais la,porém foram para se despedir de seu velho pai.
Ao chegar na casa,cada um ficou em seu canto,sem ao menos dizer nada aos demais,o pai muito cansado e já quase na morte,disse que tinha um último pedido a eles.
Pediu para cada um sair naquele momento e trazer um galho fino de uma arvore qualquer,ficaram meio com receio mais foram fazer a vontade pai,claro que cada um foi para um lado.
Todos retornaram rapidamente com o galho,e quando estavam todos la,o velho pediu para cada um entregar o seu galho a ele.
João foi o primeiro,entregou e assim que pegou na mão o velho quebrou o galho no meio.
Carlos foi o segundo e o velho fez a mesma coisa coisa.
Rafael já sabia que ele ia quebrar mais mesmo assim,entregou e la se foi mais um galho.
O velho então pediu para sairão e pegarem  mais um galho,meio irritados com aquilo sairão novamente e foram buscar.
Quando chegaram,o velho pediu que entregassem o galho a ele,pegou o galho dos três e um a um foi chamando.
João foi o primeiro,e o velho pediu para quebrar os 3 galhos juntos,fez muita força mais não conseguiu.Carlos na sua vez ficou vermelho de força e também não conseguiu.
Por fim,Rafael, que apesar de todo esforço não conseguiu também.
O velho já com a voz fraca então disse aos seus filhos,a vida são como esses galhos,se caminharem só qualquer um até mesmo um velho como eu,poderá quebrar e fazer oque quiser,já se caminharem juntos e unidos,ninguém será capaz de vencer vocês.




Hino da umbanda

Refletiu a Luz Divina,
Com todo seu esplendor, 
Vem do Reino de Oxalá, 
Onde há paz e amor.
Luz que refletiu na Terra, 
Luz que refletiu no Mar, 
Luz que veio de Aruanda, 
Para tudo iluminar.
A Umbanda é paz e amor, 
É um mundo cheio de Luz, 
É força que nos da vida, 
E a grandeza nos conduz.
Avante Filhos de fé, 
Com a nossa Lei não há, 
Levando ao mundo inteiro,
A Bandeira de Oxalá. (2x)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Ogum Tibiri

A linha de Ogum Timbiri é regida por Ogum,orixá de primeira grandeza,sincretizado como são jorge guerreiro,onde nas postagens anteriores falei sobre essa diferença.
A linha de Ogum,vibração que atua como reguladora,nas demandas de fé,aflições e lutas consequentes do carma,se constitui de sete falanges,comandadas por orixás intermediários,de segunda grandeza,chefes de falanges.

1. falange de Ogum beira mar
2. falange de Ogum naruê
3. falange de Ogum iara
4. falange de Ogum malei
5.falange de Ogum rompe mato
6.falange de Ogum megê
7. falange de Ogum nago

Os representantes de Ogum em outras linhas são comandados por Ogum guerreiro,orixá menor, de terceira grandeza e se constitui dos seguintes chefes de sub-falange,também orixás menores denominados.
na linha das almas - Ogum mege
na linha de óxossi - Ogum rompe mato
na linha de oxalá - Ogum male
na linha de xangô - Ogum nago
na linha de ibeji - Ogum dile
na linha de Iemanjá - Ogum beira mar

Estes espiritos chefes de sub- falanges comanda tantos outros espíritos,em diversos nives de hierárquicos,alguns bastante conhecidos pelos irmãos de fé,como:

Ogum sete espadas
Ogum sete lanças
Ogum sete escudo
Ogum Timbiri

Ogum Timbiri foi conhecido na umbanda através do médium joão severino ramos,onde segue o resumo de sua historia para poder entender quem é ele,ele trabalha na linha do oriente

TESJ- a tenda espirita são jorge foi a sexta casa fundada com orientação direta do caboclo sete encruzilhada,em 15 de fevereiro de 1935.
joão severino ramos era médium da tenda espirita nossa senhora da guia quando recebeu a orientação para funda a tenda espirita são jorge cujo mentor é um mestre de himalaia que veio trabalhar na seara de umbanda na irradiação de Ogum apresentando se como Ogum Timbiri.
joão severino ramos desencarnado em fins de de 1973,relatava as maravilhas que assistiu,as imagens do rio macacu,onde muitos incrédulos se tornaram fieis seguidores da umbanda e do caboclo das sete encruzilhadas.
Ele era um exemplo vivo.
A primeira vez que la estivera,viu varias demonstrações da presença de um poder superior,mais continuava descrente,e pediu a prova que pudesse ser considerada conclusiva.
Através da mediunidade de zelio ,manifestava se neste dia o orixá male,que atuava,principalmente ,no combate aos trabalhos de magia negra e na cura dos obsediados.
Apanhando uma pedra,o orixá male jogou a na testa de severino ,vendo -o cair no rio,os seus companheiros correram para socorrer ,temerosos de que a correnteza o levasse.
Não se movam - ordenou o orixa male
Ele volta sozinho
Minutos depois ,joão severino transpôs a margem do rio transfigurado ,incorporava uma entidade que daria ,depois , o nome de Ogum Timbiri e se tornaria guia espiritual da tenda espirita são jorge.





terça-feira, 26 de abril de 2016

São Jorge

A origem do nome
São Jorge nasceu no século III, na Capadócia  – atual Turquia – de origem romana. Seu nome original do santo é Georgius. Jorge vem de geos (terra) e orge (cultivar) que significa, literalmente, cultivando a terra. Outras origens de seu nome podem ser:
  • a junção dos termos gerar (“sagrado”) e gyon (areia), o que nos dá “Areia Sagrada”;
  • o termo gyon pode ainda assumir o significado de “luta”, o que mudaria o significado anterior para “Lutador Sagrado”;
  • por fim, o nome Jorge viria da junção de outros três termos gero, gír e ys (Gerogírys) onde gero = “peregrino”, gír = “cortado” e ys = “conselheiro”, pois Jorge foi peregrino por seu desprezo ao mundo, foi cortado em seu martírio foi e conselheiro na prédica do Reino de Deus.
A vida de São Jorge
O Concílio de Nicéia considerou a legenda de São Jorge apócrifa, pois vários fatos relatados são discrepantes e impossíveis de serem confirmados como verídicos. Assim nos relata Jacoppo em sua Legenda Áurea e, de fato, não há muito como mudar essa situação, em virtude da carência de fontes.
Mas o importante é saber que São Jorge realmente existiu e foi um grande exemplo de vida cristã, muito embora não seja mais possível resconstruir todos os seus passos sobre a terra, como podemos fazer com certa facilidade com outros grandes santos antigos, como São Cipriano e Santo Agostinho. Que falta fazia um Power Point no século III, não é, meus amigos?
São Jorge era um tribuno romano. As fontes antigas dizem que ele teria sido martirizado na cidade persa de Diáspolis, chamada anteriormente de Lida, perto de outra cidade persa chamada Jope. Essa é a versão do calendário de São Beda (em breve, aqui nO Catequista, mais detalhes sobre a vida desse outro grande santo).  Outras versões dizem que seu martírio ocorreu sob os imperadores Dioclesiano (sem a participação dele) e Maximiano. Outros dizem ainda que teria sido sob o Governador Daciano, nos tempos de Dioclesiano e Maximiano.
A lenda do dragão
Essa é a parte que o povo gosta. Foi certa vez, em Silena, cidade da província romana da Líbia, que um dragão chamado Kadafi …não, não, desculpem essa é uma outra história. Mas vamos continuar na Líbia. Às margens de um lago grande como um mar escondia-se uma enorme e pestilento dragão, que aterrorizava a população local.

Desesperado o rei implorou ao povo que não oferecesse ao dragão sua filha, só que o povo manteve-se irredutível. O rei apenas conseguiu um prazo de oito dias para prantear sua amada filha. Depois desse período, nada podendo fazer, contra a turba enlouquecida, o rei entregou sua filha ao seu destino e ela dirigiu-se ao lago onde habitava a fera.
Para impedí-lo de procurar alimentos na cidade, os moradores ofereciam em holocausto à fera um tributo de duas ovelhas por dia. Mas em pouco tempo passou a faltar ovelhas e, para compensar o bicho, que deveria ser chamado de Imposto de Renda, passaram a oferecer uma ovelha e um humano – um rapaz ou uma moça. Só que, depois de algum tempo, também passou a faltar gente, e o sorteio designou a filha do rei para ser entregue ao monstro.
Um certo Jorge passava casualmente pelo local e viu a jovem princesa chorando às margens do lago. Ao longe, a galera, como não podia deixar de ser, esperava para ver o bicho vir cobrar seu tributo (devia ter gente vendendo pipoca e cachorro-quente). A jovem avisou ao Santo que ele deveria sair correndo o mais rápido possível dali. São Jorge insistiu para que ela explicasse o quê estava acontecendo, enquando isso, o monstro surgiu, vindo de dentro do lago. O Guerreiro montou em seu cavalo, fez o sinal da cruz e, recomendando-se a Deus, atingiu o monstro na cabeça com força, fazendo-o cair no chão.
Em seguida, Jorge mandou que a princesa colocasse seu cinto no pescoço do dragão, sem medo. Depois disso, o bicho começo a segui-la como segue um cão manso, seu cinto servindo de coleira guia.  Ambos então foram para a cidade, e o povo entrou em pânico ao ver o cavaleiro, a dama e o dragão. São Jorge tratou de acalmá-los, exortando as pessoas a aceitarem o Salvador através do batismo. A cidade toda o fez. Fato consumado, em seguida, São Jorge matou o dragão. Sem contar mulheres e crianças, 20 mil homens foram batizados.
Em homenagem a Maria e ao beato Jorge, o Rei mandou construir na cidade uma enorme igreja, sob cujo altar surgiu uma fonte de água curativa para todos os enfermos. O rei ofereceu a São Jorge muito dinheiro, mas o santo não aceitou e mandou que o rei o distribuisse aos pobres. Ao rei, Jorge deixou ainda quatro conselhos: cuidas das igrejas, honrar os padres, ouvir com atenção o ofício divino e nunca esquecer os pobres. Em seguida, beijou o rei e foi embora.
As perseguições romanas
O governador Daciano, nos tempos de Dioclesiano, em apenas um mês, martirizou 17 mil cristãos (falem mesmo da inquisição, papagaios de pirata!). Esse massacre seria muito maior se não tivesse havido muitos abjurações, em que cristãos amendrontados sacrificaram aos ídolos pagãos, como era a vontade do Imperador.
São Jorge ficou consternado com o que via. Distribuiu tudo que possuía, trocou suas vestes de tribuno pelas humildes vestes dos cristãos e chamou os deuses romanos de demônios, o que enfureceu o Governador puxa-saco. Jorge identificou-se a Daciano como vindo de nobre estirpe da Capadócia, que, com a ajuda de Deus, havia submetido a Palestina, mas que deixaria tudo para seguir ao Deus do Cristo.Daciano mostrou toda a sua “civilidade” romana ao ouvir a declaração de Jorge. Mandou-o suspender no potro (um instrumento de tortura romano que recebeu esse nome por ser parecido com um cavalo) e que seus membro fossem dilacerados com garfos de ferro.  Para complementar, mandou ainda que Jorge fosse queimado com tochas e suas feridas salgadas. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a São Jorge e o confortou de forma tal que os tormentos pelos quais passou pareciam não ter acontecido, pois mesmo alquebrado, Jorge permanecia fiel e sereno.
Um mágico foi convocado por Daciano, que julgava que os cristãos, na verdade, eram embusteiros, como ele o era (mais ou menos um ancestral debilóide de Richard Dawkins, que é outro debilóide). O mágico prometeu ao governador que dobraria São Jorge ou perderia sua cabeça (literalmente).  Envenenou vinho e deu para São Jorge beber. Fazendo o sinal da cruz sobre a bebida, o santo a tomou e nada lhe aconteceu. O mago se lançou aos pés de Jorge e pediu para tornar-se cristão. Foi decapitado em seguida.
A “farra” de Daciano continuou. Jorge foi colocado na roda de espadas, que quebrou e nada lhe ocorreu. Foi mergulhado em um caldeirão de chumbo derretido e retirado de lá como quem sai de um banho quente.
Daciano viu que, pela porrada, não dava. Então, tentou comprar Jorge e, com mansidão, procurou convertê-lo ao paganismo. Fingindo entrar no seu jogo, Jorge concordou. A cidade então compareceu ao templo para ver o impenitente abjurar. São Jorge então caiu de joelhos e pediu a Deus que castigasse os pagãos. O templo, seus deuses e seus altares foram destruídos por uma chuva de enxofre e os sacerdotes quedaram mortos.
A rainha Alexandrina, esposa de Daciano, vendo o sofrimento de Jorge e as crueldades de seu marido, resolveu abraçar a cruz, o que lhe custou a vida. Seu marido mandou pendurá-la pelos cabelos e surrá-la  duramente. Durante esse martírio, temeu Alexandrina o fato de não ter sido banhada nas águas batismais. Jorge acalmou-lhe o coração e disse-lhe que seu sangue mártir seria seu batismo. E assim foi.
No dia seguinte à morte de Alexandrina, Jorge foi condenado pelo governador a ser arrastado por toda a cidade e, ao final, ser decapitado
.A Morte de São Jorge
Ele orou a Deus pedindo que todos aqueles que implorassem pedindo a assistência divina, por onde ele passasse teriam seus pedidos atendidos. A voz divina concedeu o seu pedido.  Terminada a horrenda tortura, São Jorge teve a cabeça decapitada. Era o ano de Nosso Senhor de 247.
Daciano não ficou sem castigo: nesse mesmo dia, o fogo do céu caiu sobre ele e sobre sua guarda pessoal, matando-os instantaneamente.
São Jorge Guerreiro, rogai por nós!
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Ogum Orixá

Ogum era o mais velho e o mais combativo dos filhos de Odudua, o conquistador e rei de Ifé. Por isto, tornou-se o regente do reino quando Odudua, momentaneamente, perdeu a visão.
Ogum era guerreiro sanguinário e temível.
Ogum, o valente guerreiro.
O homem louco dos músculos de aço!
Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!
Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio de suas expedições, além de numerosos escravos...
Durante uma delas, ele tomou Irê.
Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias.
Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê- "Ogum das sete partes de Irê"
Ogum matou o rei Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei.
 Ele é saudado como Ogum Onirê! "Ogum Rei de Irê!"
Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma coroa,"akorô".
Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô-"Ogum dono da pequena coroa".
Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar.
Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo.
Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho da palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas.
A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê; tudo acompanhado de muito vinho de palma. "Ogum, violento guerreiro, o homem louco dos músculos de aço. Ogum, que tendo água em casa, lava-se com sangue!" "Os prazeres de Ogum são o combate e as brigas.
O terrível orixá, que morde a si mesmo sem dó.
Ogum mata o marido no fogo e a mulher no fogareiro. Ogum mata o ladrão e o proprietário da coisa roubada!"
Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar.
 Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra.
Ogum tornara-se um orixá.

Vida de sofrimento...

Ser espirita,um zelador ou zeladora de santo é simplesmente ter uma vida sofrida e de muitos altos e baixos,com direitos a confusões,brigas,intrigas,injustiças,fofocas e muitas outras coisas.
Tudo isso se deve ao simples motivo que as pessoas trocam o nós pelo eu com muita facilidade e sem consciência nenhuma.
Veja bem,quando o filho ou filha de santo chega em sua casa,geralmente chega se queixando de alguma coisa,seja no trabalho,relacionamento,saúde,família...
Neste momento começa o nós:
Nós vamos vencer...
Nós vamos resolver...
Nós vamos aproximar...
Nós vamos solucionar...
Ai a pessoa que estava:
Desempregada,arruma emprego
Não se dava bem no relacionamento,passa a marcar a data de tudo casamento,namoro,noivado
A saúde que tava comprometida,se resolve e volta a ser saudável
A família que era só brigas,fica harmoniosa
Traduzindo,tudo se resolveu não é mesmo?
Eu digo que sim e não,sim pelo pelo fato que todas as queixas de seu filho ou filha foram solucionados e não pelo fato que ai começa o famoso EU.
Aquele que pediu pelo amor de Deus para você cuidar das coisas e tentar ajudar a solucionar,passa a pensar e dizer a todos de forma diferente.
Eu corri atrás e ganhei emprego
Eu me acertei com minha paixão
Eu melhorei de saúde sem tomar nada
Eu sentei com minha família e coloquei fim na confusão
De forma que aquilo que era nós passa a ser eu,e o mais grave e injusto na minha opinião,o pobre coitado ou coitada da zeladora,que deu sua cara a tapa para as demandas,que estudou e sofreu anos para se preparar para ajudar,que puxa correntes,que fica doente o lugar do filho,que tira do bolso para fazer as coisas quando a pessoa não tem,que briga e discute com muitos para defender aquele seu protegido ou protegida,passa a ser carta fora do baralho e mais,muitas vezes o culpado por tudo.
Aquele que foi acolhido exige que o seu protetor ou protetora vai até ele ou ela se quiser,se não quiser ótimo,exige ter satisfação,exige ter respeito,e por ai vai...
É triste,mais é a realidade,para muitos não importa e nem significa nada oque de bom fez aquele que o acolheu,pois com tudo solucionado,a pessoa vira as costas aos velhos zeladores e zeladoras,ofendem,falam mal,e apenas apontam seus defeitos para cobrir oque de bom fizeram.
Assim foi com muitos famosos como Chico Xavier,Mãe Menininha,e outros que morreram a minguá depois de trazer paz a milhões de pessoas,e isso também acontece com anônimos,todo santo dia.
E por incrível que pareça,este zelador ou zeladora,continua sua caminhada com braços abertos mesmo para quem virou as costas,pois na vida espiritual,a matéria não importa,fazemos o bem pelos espíritos e orixás,pois eles são limpos,justos,e nunca,jamais virão as costas aquele que estendeu as mãos.
Pense bem antes de fazer isso um dia com alguém,ou se fez,pense se é justo...
Eu em particular,aprendi a dar valor nas pessoas que estavam ao meu lado quando eu precisei,pois estar ao lado quando esta tudo bem ,é muito fácil.
Os braços que se abriram quando eu estava no chão,são os mesmos que eu seguro no momento que estou de pé,pois é fato que,DO INFERNO QUE SE VÊ O PARAÍSO.

Sei que muitos vão se identificar com este relato,vai parecer que fala com a gente e da gente,mais isso ocorre pelo simples fato que a pessoa que já pisou na casa de santo,vive,ou presencia isso sempre,pois em toda casa acontece isso.NÃO SEJA MAIS UM OU UMA,faça diferente,faça o correto.